Contra o frio

Está frio. Daquele que consegue passar o casaco e encontrar caminho até aos nossos ossos. Ou isso ou eu estou a ficar velha e já sinto dores nas articulações. É bem possível que seja a segunda opção.

Para combater o frio, a lareira já está acesa. Segundo ouvi dizer, o meu bisavô garantia que uma lareira era meio sustento, mas eu tenho para mim que isto é tudo o que uma pessoa precisa. A lareira, um banquinho ao lado e está tudo pronto para a noite. 

Não há muito mais a fazer. Talvez seja esse o lado menos bom da vida lá pela terra. Quando vem o confinamento que nunca imaginámos e não podemos sair. O teatro está demasiado longe. O cinema fica para lá da hora a que devíamos regressar. Ficamos com a lareira. E a cozinha. E o conforto de viver lá pela terra que este lado menos bom nem pesa na balança. Pelo menos por aqui. 

Entretanto vamos cozinhando. O trabalho assusta o frio e o resultado dá conforto ao estômago. E já começo a sonhar com os fritos de Natal. Se calhar é tempo de pôr a mão na massa. 






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